Fisiologicamente, o estresse tem origem em um mecanismo de sobrevivência, onde uma série de alterações rápidas ocorrem no organismo visando a prepará-lo para situações que exijam atenção e resposta rápida. No mundo contemporâneo, porém, tendo em vista o grande volume de estímulos e pressões a que somos submetidos(as) diariamente, o estresse pode se manifestar de forma crônica e recorrente, e tornar-se um fator determinante para uma série de doenças e distúrbios físicos e psicológicos, afetando inclusive a saúde ocular.
Isso ocorre uma vez que o cortisol, substância produzida pelas glândulas suprarrenais que é liberado justamente em períodos de agitação e ansiedade, e por isso é popularmente conhecido como “hormônio do estresse”, é sintetizado em grande quantidade. Altos níveis de cortisol estão associados ao enfraquecimento dos músculos do globo ocular, responsáveis pela acomodação do cristalino, ou seja, podem afetar a capacidade de focar e desfocar, reduzindo a acuidade visual e provocando reflexos como visão embaçada, miopia induzida, dores de cabeça, ardor ocular e outras manifestações diversas. Além disso, o cortisol contribui para o acúmulo de líquido entre as camadas da retina, o que também pode comprometer a visão central e provocar hipermetropia induzida.
Dessa forma, comprovamos que o estresse não é apenas uma condição mental e/ou emocional, e sim uma questão de saúde com reflexos reais sobre o bem-estar do paciente. Nesse contexto, buscar o equilíbrio, mesmo em meio às constantes demandas do dia a dia, ganha importância vital. Cuide-se!
